terça-feira, 14 de junho de 2011

O itinerário cartesiano

Descartes sempre se afundou num enorme oceano de dúvidas, em que dizia que, os sentidos o enganavam, que a razão o enganava, e para não facilitar, existia um génio maligno que por cima de tudo o enganava consequentemente. Concluindo então, a única certeza que tinha, era de que duvidava.

Mas nesta passagem do Discurso do Método, Descartes diz:

Notei             que, enquanto assim queria pensar que tudo era falso, eu, que assim o pensava. Necessariamente era alguma coisa. E notando que esta verdade -  eu penso, logo existo -  era tão firme e tão certa que todas as extravagantes suposições dos cépticos seriam imponentes para abalar, julguei que a podia aceitar, sem escrúpulo, para primeiro princípio da filosofia que procurava.”

Além disso, mesmo que um génio maligno persistia em enganar-nos, é, ainda assim, necessário que nós existamos para sermos enganados.

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